[incontestável solução para o cansaço metafísico]
7 Comments escrito por purita on terça-feira, março 31, 2009 at 11:25 da manhã.
kikujirô no natsu (1999)
ps. só falta a cena do cego.
[from my well-educated fridge # 1]
5 Comments escrito por purita on terça-feira, março 24, 2009 at 9:43 da manhã.
porque às vezes não há nada a fazer a não ser esperar. podia estar assim o dia todo.
frases famosas # 60 [calling]
2 Comments escrito por purita on quinta-feira, março 12, 2009 at 9:43 da manhã.
'calling you to see through me.'
pleased to meet you, james
pleased to meet you, james
Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
* ou de como a maior parte das vezes alguém já conseguiu explicar por palavras o que outro também sente.
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
* ou de como a maior parte das vezes alguém já conseguiu explicar por palavras o que outro também sente.