Não sei bem, era qualquer coisa que fazia com que aquele sítio fosse mais importante que os outros. A lavandaria da esquina conhecia-a bem.
Enquanto os tambores rolavam, três em cima e três em baixo, gostava de se sentar num sítio onde conseguisse ver o maior número de reflexos seus possíveis, e chegava a fazer jogos com as várias portas. Ali conseguia analisar-se como deve ser e ouvia-se nos diferentes reflexos. Fê-lo sozinha, acompanhada, e chegou a convidar quem ali aparecia para lavar a roupa a entrar nos círculos.
Quando voltou, naquele dia, ao fim de vários anos, sem passar sequer pela velha casa onde vivera, entrou, pousou o saco, sem roupa para lavar, e só viu a senhora que zelava pelo sítio, que era a mesma, com um ar mais envelhecido.
O primeiro reflexo que viu revelou-lhe aquilo de que já suspeitava, a sordidez da sua essência, o brilho do passado esvaneceu-se sem que desse conta!
Mas agora percebia porque tinha regressado. Sabia que, em tempos, comunicara com ela própria, não se lembrava da conversa, mas tinha a certeza de que tinha acontecido.
Agora, já outra pessoa, lembrou-se das palavras certas que lhe tinha dito: és a única responsável pela tua felicidade.
Enquanto os tambores rolavam, três em cima e três em baixo, gostava de se sentar num sítio onde conseguisse ver o maior número de reflexos seus possíveis, e chegava a fazer jogos com as várias portas. Ali conseguia analisar-se como deve ser e ouvia-se nos diferentes reflexos. Fê-lo sozinha, acompanhada, e chegou a convidar quem ali aparecia para lavar a roupa a entrar nos círculos.
Quando voltou, naquele dia, ao fim de vários anos, sem passar sequer pela velha casa onde vivera, entrou, pousou o saco, sem roupa para lavar, e só viu a senhora que zelava pelo sítio, que era a mesma, com um ar mais envelhecido.
O primeiro reflexo que viu revelou-lhe aquilo de que já suspeitava, a sordidez da sua essência, o brilho do passado esvaneceu-se sem que desse conta!
Mas agora percebia porque tinha regressado. Sabia que, em tempos, comunicara com ela própria, não se lembrava da conversa, mas tinha a certeza de que tinha acontecido.
Agora, já outra pessoa, lembrou-se das palavras certas que lhe tinha dito: és a única responsável pela tua felicidade.
achas?... eu acho que nao...
se calhar não comia sardinhas suficientes...
Engraçado como, por norma, comentamos sempre o ultimo parágrafo e nem referimos o resto do texto, mesmo que o tenhamos lido!
Mas, felicidade, lavagem, e centrifugadora, são conceitos similares, sem dúvida... por acaso falei disto comigo ontem, não sabendo que o estava a fazer, nem conhecendo o interlocutor... beijos
Mais um círculo...
um mote
um diálogo de si para si.
falando consigo, sozinh@ (não completamente)
há muitos regressos...
Por acaso acho que temos uma grande contribuição para a nossa felicidade.Temosm a mania de culpar todos os factores externos, e às vezes está na forma como encaramos as coisas.Gostei muito do texto miuda!
Bonito texto. Interrogação completamente lateral: é impressão minha, ou em Portugal quase não há lavandarias como essa, daquelas que aparecem nos filmes?
Ó Bolacha, eu cá continuo a achar que era de não comer sardinhas...
...encontrei isto, atribuído a F.Pessoa
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e de se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma ... É saber falar de si mesmo. É ter coragem para
ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..." ]
Tás igual ao SR....
Ass: Frasier