Little Miss Sunshine Trailer
5 Comments escrito por purita on terça-feira, outubro 17, 2006 at 2:09 da tarde.Os filmes Sundance (por referência ao festival) não costumam ser filmes com grandes pretensões. Não são obras primas cinematográficas, mas contam, geralmente, com boas interpretações, sentimentos reais, e boa música. Little miss sunshine tem os ingredientes todos, aliás, o meu receio é que este tipo de filme, numa definição simplista, filme americano filmado à europeia, acabe por se tornar previsível em todos os seus elementos: personagens, cor, fotografia, música. Bem, mas ao menos sabe-se ao que se vai e não é coisa má! O esquema é semelhante ao que já tinha visto em Me, and you and everyone we know ( que achei superior a este LMS), a típica família americana disfuncional, os dramas da vida de uma middle-low class, os clichés do suicidio, divórcio, droga, crises de adolescentes. Os personagens estão construídos de forma a pensarmos que, aparentemente exagerados, podem existir. O grande truque deste tipo de filmes é esse mesmo, é julgarmo-nos capazes de ter aqueles diálogos, de viver os mesmos dramas, ainda que não todos juntos numa mesma família calamidade. E depois há um grande cocktail emotivo, partes tristes, partes sérias, partes francamente cómicas, ironia, acho que é isto mesmo, muita ironia. Tento sempre não contar muito sobre o filme, mas há uma cena que achei hilariante, que é a da primeira refeição onde, no fundo, nos são apresentadas as estrelas reais. O tio Frank, após uma tentativa frustrada de suicídio, senta-se àquela mesa familiar, e quase que aposto que pensa que qualquer uma daquelas pessoas tem mais razões para se suicidar do que ele. Após o colapso emocional (e físico) de quase toda a família resta a redenção! Uma viagem distante, uma tomada de consciência, a falibilidade dos métodos de não sei quantos passos para se ser um vencedor, os concursos de beleza de crianças (que são verdadeiras aberrações)...riso. E termina com o regresso para a mesma vida de merda, mas com outro olhar. Mais calmo e bonito, pelo menos... Excelente Alan Arkin e Steve Carell. ps. Ah, e conta com a grande música do sufjan stevens. |
é o filme do momento para os bloguistas. quando os americanos querem fazer filmes europeus até conseguem.
Primeiro:
O filme remete-nos vagamente para a escola francesa que costuma estra em exibição no Cinema Cidade do Porto;
Segundo:
As personagens estão habilmente trabalhadas, expondo ao ridículo aquela sociedade neurótica e imbecil;
Ainda Segundo:
Um especialista em Proust, um fan de Nietsche, um avô misógino viciado em heroína, um pai auto ajudante, uma filha gordinha a concorrer a miss, e uma mãe que parece de longe a mais capaz...
Terceiro:
A banda sonora é muito boa, a fazer lembrar o novo cinema francês: Sufjan stevens, Mychael Danna (Rasgos de yann tiersen) e DeVotchKa...
Muito bom (sem contar a história do filme)
Ah, os produtores realizadores são responsáveis pela P/R de videoclips, entre eles dos REM.
acredita:) para mim, como viste lá no código, um dos melhores filmes do ano, tem TUDO.*
agora que ja o vi, ja posso comentar ;)
Pois eu não resisti a ir vê-lo uma segunda vez :) e em nada diminuiu a força do meu riso :) e senti aquilo que dizes de facto...sentimo-nos capazes de ter aqueles diálogos! Digam o que disserem, este fica na minha short list do ano bjos