cumpleaños purita
cumpleaños feliz
cumleaños maravilhosa casta de 78
cumpleanõs a mi!
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frases famosas #35 - da neura
2 Comments escrito por purita on quarta-feira, outubro 25, 2006 at 4:14 da tarde.
anda lá, ama-me..só um bocadinho hoje que estou com neura...
Acalanto para um rio
Nada passa, nada expira
o passado é
um rio que dorme
e a memória uma mentira
multiforme.
Dorme do rio as águas
e em meu regaço dormem os dias
dormem
dormem as mágoas
as agonias,
dormem.
Nada passa, nada expira
O passado é um rio adormecido
parece morto, mal respira
acorda-o e saltará
num alarido.
Dora, a cigarra
in O vendedor de passados, José Eduardo Agualusa
Nada passa, nada expira
o passado é
um rio que dorme
e a memória uma mentira
multiforme.
Dorme do rio as águas
e em meu regaço dormem os dias
dormem
dormem as mágoas
as agonias,
dormem.
Nada passa, nada expira
O passado é um rio adormecido
parece morto, mal respira
acorda-o e saltará
num alarido.
Dora, a cigarra
in O vendedor de passados, José Eduardo Agualusa
frases famosas #34 - ainda a chuba
4 Comments escrito por purita on quinta-feira, outubro 19, 2006 at 12:20 da tarde.
A única coisa boa deste tempo é mesmo o cheiro a chuva.
O cheiro a terra molhada transporta-me para um sítio menos civilizado, igualmente perigoso, mas mais ingénuo.
O cheiro a terra molhada transporta-me para um sítio menos civilizado, igualmente perigoso, mas mais ingénuo.
- então, tudo bem?
- sim, esta chuva é que é pior.
- pois, está um tempo horrível para secar roupa.
- chegou o meu autocarro, até logo.
- sim, esta chuva é que é pior.
- pois, está um tempo horrível para secar roupa.
- chegou o meu autocarro, até logo.
Little Miss Sunshine Trailer
5 Comments escrito por purita on terça-feira, outubro 17, 2006 at 2:09 da tarde.Os filmes Sundance (por referência ao festival) não costumam ser filmes com grandes pretensões. Não são obras primas cinematográficas, mas contam, geralmente, com boas interpretações, sentimentos reais, e boa música. Little miss sunshine tem os ingredientes todos, aliás, o meu receio é que este tipo de filme, numa definição simplista, filme americano filmado à europeia, acabe por se tornar previsível em todos os seus elementos: personagens, cor, fotografia, música. Bem, mas ao menos sabe-se ao que se vai e não é coisa má! O esquema é semelhante ao que já tinha visto em Me, and you and everyone we know ( que achei superior a este LMS), a típica família americana disfuncional, os dramas da vida de uma middle-low class, os clichés do suicidio, divórcio, droga, crises de adolescentes. Os personagens estão construídos de forma a pensarmos que, aparentemente exagerados, podem existir. O grande truque deste tipo de filmes é esse mesmo, é julgarmo-nos capazes de ter aqueles diálogos, de viver os mesmos dramas, ainda que não todos juntos numa mesma família calamidade. E depois há um grande cocktail emotivo, partes tristes, partes sérias, partes francamente cómicas, ironia, acho que é isto mesmo, muita ironia. Tento sempre não contar muito sobre o filme, mas há uma cena que achei hilariante, que é a da primeira refeição onde, no fundo, nos são apresentadas as estrelas reais. O tio Frank, após uma tentativa frustrada de suicídio, senta-se àquela mesa familiar, e quase que aposto que pensa que qualquer uma daquelas pessoas tem mais razões para se suicidar do que ele. Após o colapso emocional (e físico) de quase toda a família resta a redenção! Uma viagem distante, uma tomada de consciência, a falibilidade dos métodos de não sei quantos passos para se ser um vencedor, os concursos de beleza de crianças (que são verdadeiras aberrações)...riso. E termina com o regresso para a mesma vida de merda, mas com outro olhar. Mais calmo e bonito, pelo menos... Excelente Alan Arkin e Steve Carell. ps. Ah, e conta com a grande música do sufjan stevens. |
back to civilization
2 Comments escrito por purita on segunda-feira, outubro 16, 2006 at 4:43 da tarde.
chuif chuif, o meu carro voltou, chuif chuif...
ps. estou mesmo um homem!
ps. estou mesmo um homem!
Volver - Opening
Não resisti.
Não sendo nada apologista de usar e abusar de videos, encontrei uma das minhas cenas preferidas do filme, logo ao início.
Uma combinação perfeita de imagem e música, 'esta mañana, muy tempranito...', é impossível não conquistar logo!
Não resisti.
Não sendo nada apologista de usar e abusar de videos, encontrei uma das minhas cenas preferidas do filme, logo ao início.
Uma combinação perfeita de imagem e música, 'esta mañana, muy tempranito...', é impossível não conquistar logo!
volver, sentir, vivir.
Yo adivino el parpadeo
de las luces que a lo lejos,
van marcando mi retorno.
Son las mismas que alumbraron,
con sus pálidos reflejos,
hondas horas de dolor.
Y aunque no quise el regreso,
siempre se vuelve al primer amor.
La quieta calle donde el eco dijo:
Tuya es su vida, tuyo es su querer,
bajo el burlón mirar de las estrellas
que con indiferencia hoy me ven volver.
Volver,
con la frente marchita,
las nieves del tiempo
platearon mi sien.
Sentir, que es un soplo la vida,
que veinte años no es nada,
que febril la mirada
errantes en las sombras
te busca y te nombra.
Vivir,
con el alma aferrada
a un dulce recuerdo,
que lloro otra vez.
Tengo miedo del encuentro
con el pasado que vuelve
a encontrarse con mi vida.
tengo miedo de las noches
que, pobladas de recuerdos,
encadenan mi soñar.
Pero el viajero que huye,
tarde o temprano detiene su andar
Y aunque el olvido que todo destruye,
haya matado mi vieja ilusión,
guardo escondida una esperanza humilde,
que es toda la fortuna de mi corazón.
Yo adivino el parpadeo
de las luces que a lo lejos,
van marcando mi retorno.
Son las mismas que alumbraron,
con sus pálidos reflejos,
hondas horas de dolor.
Y aunque no quise el regreso,
siempre se vuelve al primer amor.
La quieta calle donde el eco dijo:
Tuya es su vida, tuyo es su querer,
bajo el burlón mirar de las estrellas
que con indiferencia hoy me ven volver.
Volver,
con la frente marchita,
las nieves del tiempo
platearon mi sien.
Sentir, que es un soplo la vida,
que veinte años no es nada,
que febril la mirada
errantes en las sombras
te busca y te nombra.
Vivir,
con el alma aferrada
a un dulce recuerdo,
que lloro otra vez.
Tengo miedo del encuentro
con el pasado que vuelve
a encontrarse con mi vida.
tengo miedo de las noches
que, pobladas de recuerdos,
encadenan mi soñar.
Pero el viajero que huye,
tarde o temprano detiene su andar
Y aunque el olvido que todo destruye,
haya matado mi vieja ilusión,
guardo escondida una esperanza humilde,
que es toda la fortuna de mi corazón.
purita, la camionera
2 Comments escrito por purita on sexta-feira, outubro 13, 2006 at 6:31 da tarde.
TCHAM! Bate a porta e prepara-se para mais um dia de trabalho.
Não é uma vida fácil, alguns diriam que não é coisa de mulher, mas ela não se importava. Preocupava-se em chegar segura ao seu destino, e no final regressar sã, pelo menos fisicamente, já que sentia-se a atingir o limiar da sanidade, naquele ponto de não retorno. Mas estava viva.
Podia começar assim a minha história dos últimos dias. Há uns dias (semanas) atrás resolvi espetar-me de carro. Não houve feridos, foi tudo muito civilizado, quase incompreensível. Mas a civilização fica-se por aqui mesmo. As seguradoras não existem, seguramente, para nos facilitar a vida e eu não seria excepção.
Como tenho um mecânico porreiríssimo ele disse logo que me ia “desenrascar” (tremi, confesso) e depois o diálogo foi mais ou menos este:
- Ó Tono! - HÃ? - Traz o UNO! (tremi outra vez)
– Ó menina, este carro está uma categoria, só tenho que lhe explicar aqui um ou outro detalhe. Mas fica à sua responsabilidade (nem sei como não caí para o lado aqui).
Olhei de esguelha e lá me decidi a aceitar que precisava de me transportar, fosse onde fosse! (depois de viagens dentro de carros de reboques, já aceitava qualquer coisa!).
- Olhe, tá a bêr? Tem que ligar aqui isto, senão o carro não arranca! Ah, e como o carro já foi roubado umas quantas bezes, é melhor usar isto! Béim, tá serbida a menina...
O isto é uma arma de arremesso de cor amarela e preta, que encaixa no travão de mão e o mantém preso à mánete (esta palavra com sotaque do norte é magnifica).
É assustador.
Ameaçador.
(e o pior é que não posso estacionar em ruas inclinadas porque aquilo já não dá para usar se tiver a marcha-atrás engatada).
Sinto-me uma camionista a conduzir o carro, os músculos têm desenvolvido (pena não ser Verão para usar a shirt caveada!), umas vezes buzina, outras vezes não, o ar umas vezes circula, outras vezes não, uma coisa não falha, chia nas curvas e a travar, digno de envergonhar qualquer autocarro dos anos 80 que se preze.
É certinho, vão saber que sou eu a exímia condutora que segue naquele mini camião.
Acho mesmo que só lhe falta o autocolante da rádio renascença e um pendurichalho qualquer manhoso no retrovisor!
Ah, e a vida de camionera não é nada monótona, todos os dias a porcaria do carro faz um barulho novo.
Estou francamente cansada.
Não é uma vida fácil, alguns diriam que não é coisa de mulher, mas ela não se importava. Preocupava-se em chegar segura ao seu destino, e no final regressar sã, pelo menos fisicamente, já que sentia-se a atingir o limiar da sanidade, naquele ponto de não retorno. Mas estava viva.
Podia começar assim a minha história dos últimos dias. Há uns dias (semanas) atrás resolvi espetar-me de carro. Não houve feridos, foi tudo muito civilizado, quase incompreensível. Mas a civilização fica-se por aqui mesmo. As seguradoras não existem, seguramente, para nos facilitar a vida e eu não seria excepção.
Como tenho um mecânico porreiríssimo ele disse logo que me ia “desenrascar” (tremi, confesso) e depois o diálogo foi mais ou menos este:
- Ó Tono! - HÃ? - Traz o UNO! (tremi outra vez)
– Ó menina, este carro está uma categoria, só tenho que lhe explicar aqui um ou outro detalhe. Mas fica à sua responsabilidade (nem sei como não caí para o lado aqui).
Olhei de esguelha e lá me decidi a aceitar que precisava de me transportar, fosse onde fosse! (depois de viagens dentro de carros de reboques, já aceitava qualquer coisa!).
- Olhe, tá a bêr? Tem que ligar aqui isto, senão o carro não arranca! Ah, e como o carro já foi roubado umas quantas bezes, é melhor usar isto! Béim, tá serbida a menina...
O isto é uma arma de arremesso de cor amarela e preta, que encaixa no travão de mão e o mantém preso à mánete (esta palavra com sotaque do norte é magnifica).
É assustador.
Ameaçador.
(e o pior é que não posso estacionar em ruas inclinadas porque aquilo já não dá para usar se tiver a marcha-atrás engatada).
Sinto-me uma camionista a conduzir o carro, os músculos têm desenvolvido (pena não ser Verão para usar a shirt caveada!), umas vezes buzina, outras vezes não, o ar umas vezes circula, outras vezes não, uma coisa não falha, chia nas curvas e a travar, digno de envergonhar qualquer autocarro dos anos 80 que se preze.
É certinho, vão saber que sou eu a exímia condutora que segue naquele mini camião.
Acho mesmo que só lhe falta o autocolante da rádio renascença e um pendurichalho qualquer manhoso no retrovisor!
Ah, e a vida de camionera não é nada monótona, todos os dias a porcaria do carro faz um barulho novo.
Estou francamente cansada.
nouvelle vague, dance with me |
auto estima (exercício)
7 Comments escrito por purita on quarta-feira, outubro 11, 2006 at 2:21 da tarde.
- então, a casa?
- foi dar uma volta e já vem!
- como?
- foi só comprar cigarros, mas já volta, a tabacaria é mesmo em frente!
- agora assustaste-me!
- é, era mesmo o que me faltava...rejeitada pela própria casa. No outro dia foi tremendo, fiquei com a sensação de que alguém me tinha bloqueado no messenger (vá-se lá saber porque é que ISTO tem importância), depois numa esperança vã de ver se ainda tinha amigos, liguei o hi5 e só tinha um amigo (calamidade das calamidades!), para finalizar, de facto, só faltava a minha casa mudar-se a fechadura!
ps. quem se conseguir rir com isto não tem que se preocupar com a auto estima, quem se compadecer e tiver pena, necessita tratamento urgente!
- foi dar uma volta e já vem!
- como?
- foi só comprar cigarros, mas já volta, a tabacaria é mesmo em frente!
- agora assustaste-me!
- é, era mesmo o que me faltava...rejeitada pela própria casa. No outro dia foi tremendo, fiquei com a sensação de que alguém me tinha bloqueado no messenger (vá-se lá saber porque é que ISTO tem importância), depois numa esperança vã de ver se ainda tinha amigos, liguei o hi5 e só tinha um amigo (calamidade das calamidades!), para finalizar, de facto, só faltava a minha casa mudar-se a fechadura!
ps. quem se conseguir rir com isto não tem que se preocupar com a auto estima, quem se compadecer e tiver pena, necessita tratamento urgente!
my own private jackson pollock
5 Comments escrito por purita on quinta-feira, outubro 05, 2006 at 6:25 da tarde.frases famosas #33 - do fim do mundo
2 Comments escrito por purita on quarta-feira, outubro 04, 2006 at 5:32 da tarde.
depois de nem ter comemorado o subsídio, bati com o carro!
conclusão escatológica: sou, de facto, uma pessoa que foi contemplada com a riqueza interior!
ps. pena que a falta de modestidade também não dê para pagar contas!
conclusão escatológica: sou, de facto, uma pessoa que foi contemplada com a riqueza interior!
ps. pena que a falta de modestidade também não dê para pagar contas!
plácidos domingos
2 Comments escrito por purita on segunda-feira, outubro 02, 2006 at 2:28 da tarde.
(isto nem é mesmo para perceber!)
-Então, ainda estás a dormir? Não íamos fazer, acontecer e mais não sei quê?
-Sim, vamos, eu já vou!
CABUM!
Não fizemos, nem acontecemos, nem mais não sei quê!
Mas irónico foi de noite, quando parei na bomba para comprar cigarros, terem-me oferecido uma revista chamada Happy!
Haja paciência para a ironia do destino.
-Então, ainda estás a dormir? Não íamos fazer, acontecer e mais não sei quê?
-Sim, vamos, eu já vou!
CABUM!
Não fizemos, nem acontecemos, nem mais não sei quê!
Mas irónico foi de noite, quando parei na bomba para comprar cigarros, terem-me oferecido uma revista chamada Happy!
Haja paciência para a ironia do destino.